Para sacerdotes, uma das funções é ministrar o Sacramento do Matrimônio. O ritual é bonito e hoje, mais do que tudo, incrementado pelas noivas e noivos que são abordados pela "metralhadora" de iniciativas comerciais para o "bem do casal". E, depois, precisamos perguntar à nova familia constituída e confirmada no altar: e a familia, como vai? Pensando no alicerçamento da familia, encontramos toda a catequese matrimonial na Segunda Parte do Catecismo da Igreja Católica (C.E.C). No artigo 7º, vemos o matrimônio no designo de Deus, sob o regime de pecado e sob a pedagogia da lei, o matrimônio no Senhor e, os bens e exigências do amor conjugal. Acreditamos que aqui esteja a força vital de um matrimônio e de uma familia cheia de vida integral e integradora. Focalizemos nos bens e exigências do amor conjugal:
A vida conjugal e, portanto, familiar, comporta um todo que entra todos os componentes da pessoa: corpo, instinto, força, sentimento, afetividade, aspiração do espírito e vontade. A vida matrimonial visa uma unidade profunda pessoal, aquela que além de uma só carne, conduz à formação de um só coração e uma só alma. Por isso, exige a INDISSOLUBILIDADE, FIDELIDADE E FECUNDIDADE. A indissolubilidade - nessa comunhão humana é confirmada, purificada e aperfeiçoada pela comunhão em Jesus. Não se trata de tempo cronológico, mas graça profunda em Deus ao buscar em primeiro lugar o Senhor para que o (a) cônjuge seja realizado (a) no Amor Divino, não meramente humano. A fidelidade - pela natureza, o amor conjugal exige dos esposos uma fidelidade inviolável, diz o o C.E.C. Dizer sim a fidelidade é dizer que o amor quer ser definitivo. Não pode ser "até nova ordem". Aqui compreende que definitibilidade de amor não dá margem a ilusões e supostas respostas à crises ou contraste que possam viver os cônjuges. A fecundidade - é constitutivo da união conjugal a procriação. É o ponto alta da missão do matrimônio e sua coroação. "O mesmo Deus que disse: "não é bom que o homem esteja só" (Gn 2, 18) e que "desde o princípio fez o homem varão e mulher" (Mt 19, 4), querendo comunicar-lhe uma participação especial na sua obra criadora, abençoou o homem e a mulher dizendo: "Sede fecundos e multiplicai-vos" (Gn 1, 28).[C.E.C.1652-1653]. Tal comunhão de vida entre cônjuges, tem implicabilidades: "estejam dispostos a colaborar com o amor do Criador e do Salvador, que, por meio deles, aumenta continuamente e enriquece a sua família» . A fecundidade do amor conjugal estende-se aos frutos da vida moral, espiritual e sobrenatural que os pais transmitem aos filhos pela educação. Os pais são os principais e primeiros educadores dos seus filhos. Neste sentido, a missão fundamental do Matrimônio e da família é estar ao serviço da vida" (C.E.C. 1652-1653).
Desse modo, podemos ter um olhar amoroso para com a nossa familia e reclamar não só os direitos mas insistir numa avaliação ponderada e sincera aos deveres/exigências salutares para uma vida matrimonial cheia da graça do Sacramento e seus efeitos. Assim, quem sabe, podemos responder: A família vai bem, graças a Deus e a sua força em nós!
Abraço fraterno
Côn. Marcelo
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